terça-feira, 16 de julho de 2019

RETRATO DE LUÍS XIV: ÍCONE DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO 24 de março de 2015 

 A pintura de Luís XIV, o rei Sol, em trajes da coroação, é muito mais do que um retrato do rei. Ela está repleta de símbolos e de elementos decorativos, intencionalmente inseridos pelo pintor, para exaltar o poder e a soberania real e reforçar a legitimidade do monarca absoluto. Mais do que um “retrato oficial” de Luís XIV, esse quadro é a representação iconográfica do absolutismo de origem divina e o retrato que criou a imagem real arquetípica dos soberanos europeus. 

O pintor, a obra e sua época 

Hyacinthe Rigaud (1659-1743), pintor francês de origem espanhola, ainda jovem se distinguiu por sua habilidade e precisão em representar detalhes de roupas, drapeados, sedas, veludos, rendas, joias e ornamentos diversos. Em 1682, ganhou o Prêmio de Roma, uma bolsa anual para artistas promissores (pintores, escultores e arquitetos), criada durante o reinado de Luís XIV. 

Rigaud tornou-se o retratista preferido de nobres, clérigos, embaixadores e burgueses ricos. Sua obra é hoje considerada uma fonte sobre a moda da época e uma iconografia do Antigo Regime. Entre seus clientes reais, figuram três célebres monarcas do período: os reis da França Luís XIV e Luís XV, e o rei da Espanha, Filipe V. 

O retrato de Luís XIV foi encomendado pelo próprio rei para oferecer de presente ao seu neto Filipe V, recém entronizado rei da Espanha, em 1700. A obra agradou tanto a Luís XIV que este decidiu ficar com ela e ordenou a Rigaud que fizesse uma cópia do mesmo tamanho para enviar ao neto (datada de 1710). Posteriormente, outras cópias foram feitas para sedes de órgãos políticos e judiciários. Conhece-se trinta cópias do quadro na França. 

A pintura original decorou, inicialmente, os aposentos do rei, no palácio de Versalhes. Depois, foi fixada sobre o trono e, na ausência do rei, servia para representá-lo. Diante do retrato do rei, os cortesãos deviam tirar o chapéu e reverenciá-lo. Era proibido de dar as costas à pintura. 

O retratado: Luís XIV, o rei Sol 

Luís XIV, o rei Sol (1638-1715) tinha apenas quatro anos de idade quando seu pai, o rei Luís XIII, morreu. Considerando que, desde então, ele era o rei por direito de França e Navarra, seu reinado de 72 anos é um dos mais longos da história europeia. Sua mãe, Ana da Áustria foi regente em seu nome até 1661, quando morreu seu principal ministro, o cardeal italiano Mazzarino. A partir de então, começou o reinado pessoal de Luís XIV. Neste mesmo ano, iniciaram as obras do Palácio de Versalhes, construído a partir de um modesto pavilhão de caça usado por Luís XIII. 

Luís XIV apoiava o conceito do direito divino dos reis e deu continuidade à política de seus predecessores criando um governo centralizado a partir da capital. Procurou eliminar os últimos vestígios de feudalismo que ainda existiam em algumas partes do país e pacificar a aristocracia, oferecendo a muitos membros da nobreza a oportunidade de morar no seu luxuoso Palácio de Versalhes. Por esses meios, Luís XIV se tornou um dos monarcas franceses mais poderosos da história e consolidou o sistema da monarquia absolutista que perdurou na França até a Revolução Francesa (1789).

Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/o-retrato-do-absolutismo-monarquico/?fbclid=IwAR2o2amQBbydfWf9Vt6C3hntcd2gWVB2YX_4ZIFudAoQG4zBaKDv0tOw7fE

terça-feira, 9 de julho de 2019

Uma revolução quase esquecida na História do Brasil...


A chamada Revolução Constitucionalista foi um importante marco na história do país, de modo particular, para o estado de São Paulo. No dia 9 de julho de 1932, tropas paulistas declararam guerra ao governo provisório de Getúlio Vargas. O objetivo do movimento era derrubar o presidente e convocar uma Assembléia Geral Constituinte.

O conflito se estendeu por oitenta e quatro dias. No dia 2 de outubro, as tropas paulistas se renderam e o conflito foi oficialmente encerrado no dia 4 de outubro. O saldo oficial de mortos de 934 mortos, embora estimativas oficiais mencionem um número muito superior.

Apesar da derrota dos Paulistas, Getúlio Vargas terminou convocando uma Assembléia Constituinte e promulgando a nova constituição em 1934. O dia de hoje, que marca o início da revolução é feriado estadual em São Paulo.