quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Simbologia das Estátuas Equestres

Não é raro que encontremos em praças públicas estátuas com personalidades históricas montadas em cavalos. São as chamadas estátuas Equestres. No centro da Cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, é possível observar algumas delas. O que nem todo mundo sabe é que esse tipo de estátua possui uma simbologia, que está "escondida" na posição das patas do cavalo.

Se o cavalo estiver com todas as patas no chão, significa que a pessoa homenageada não morreu em combate, tendo a morte ocorrido de causas naturais.

Se o cavalo estiver com apenas uma pata levantada, significa que a pessoa morreu após o combate, em decorrência de ferimentos ocasionados durante a batalha.

Se o cavalo estiver com as duas patas da frente levantadas, significa que a pessoa morreu durante o combate.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

A Princesa Leopoldina e o Decreto de Independência do Brasil

Fato pouco mencionado pela Historiografia Oficial: o Decreto de Independência do Brasil foi assinado em 02 de setembro de 1822 pela então Princesa-Regente, Maria Leopoldina. Cinco dias depois, ao ser comunicado do ato da esposa, Dom Pedro, que estava viajando, formalizou a separação entre Brasil e Portugal, no danoso episódio do 07 de setembro, às margens do rio Ipiranga.

terça-feira, 16 de julho de 2019

RETRATO DE LUÍS XIV: ÍCONE DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO 24 de março de 2015 

 A pintura de Luís XIV, o rei Sol, em trajes da coroação, é muito mais do que um retrato do rei. Ela está repleta de símbolos e de elementos decorativos, intencionalmente inseridos pelo pintor, para exaltar o poder e a soberania real e reforçar a legitimidade do monarca absoluto. Mais do que um “retrato oficial” de Luís XIV, esse quadro é a representação iconográfica do absolutismo de origem divina e o retrato que criou a imagem real arquetípica dos soberanos europeus. 

O pintor, a obra e sua época 

Hyacinthe Rigaud (1659-1743), pintor francês de origem espanhola, ainda jovem se distinguiu por sua habilidade e precisão em representar detalhes de roupas, drapeados, sedas, veludos, rendas, joias e ornamentos diversos. Em 1682, ganhou o Prêmio de Roma, uma bolsa anual para artistas promissores (pintores, escultores e arquitetos), criada durante o reinado de Luís XIV. 

Rigaud tornou-se o retratista preferido de nobres, clérigos, embaixadores e burgueses ricos. Sua obra é hoje considerada uma fonte sobre a moda da época e uma iconografia do Antigo Regime. Entre seus clientes reais, figuram três célebres monarcas do período: os reis da França Luís XIV e Luís XV, e o rei da Espanha, Filipe V. 

O retrato de Luís XIV foi encomendado pelo próprio rei para oferecer de presente ao seu neto Filipe V, recém entronizado rei da Espanha, em 1700. A obra agradou tanto a Luís XIV que este decidiu ficar com ela e ordenou a Rigaud que fizesse uma cópia do mesmo tamanho para enviar ao neto (datada de 1710). Posteriormente, outras cópias foram feitas para sedes de órgãos políticos e judiciários. Conhece-se trinta cópias do quadro na França. 

A pintura original decorou, inicialmente, os aposentos do rei, no palácio de Versalhes. Depois, foi fixada sobre o trono e, na ausência do rei, servia para representá-lo. Diante do retrato do rei, os cortesãos deviam tirar o chapéu e reverenciá-lo. Era proibido de dar as costas à pintura. 

O retratado: Luís XIV, o rei Sol 

Luís XIV, o rei Sol (1638-1715) tinha apenas quatro anos de idade quando seu pai, o rei Luís XIII, morreu. Considerando que, desde então, ele era o rei por direito de França e Navarra, seu reinado de 72 anos é um dos mais longos da história europeia. Sua mãe, Ana da Áustria foi regente em seu nome até 1661, quando morreu seu principal ministro, o cardeal italiano Mazzarino. A partir de então, começou o reinado pessoal de Luís XIV. Neste mesmo ano, iniciaram as obras do Palácio de Versalhes, construído a partir de um modesto pavilhão de caça usado por Luís XIII. 

Luís XIV apoiava o conceito do direito divino dos reis e deu continuidade à política de seus predecessores criando um governo centralizado a partir da capital. Procurou eliminar os últimos vestígios de feudalismo que ainda existiam em algumas partes do país e pacificar a aristocracia, oferecendo a muitos membros da nobreza a oportunidade de morar no seu luxuoso Palácio de Versalhes. Por esses meios, Luís XIV se tornou um dos monarcas franceses mais poderosos da história e consolidou o sistema da monarquia absolutista que perdurou na França até a Revolução Francesa (1789).

Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/o-retrato-do-absolutismo-monarquico/?fbclid=IwAR2o2amQBbydfWf9Vt6C3hntcd2gWVB2YX_4ZIFudAoQG4zBaKDv0tOw7fE

terça-feira, 9 de julho de 2019

Uma revolução quase esquecida na História do Brasil...


A chamada Revolução Constitucionalista foi um importante marco na história do país, de modo particular, para o estado de São Paulo. No dia 9 de julho de 1932, tropas paulistas declararam guerra ao governo provisório de Getúlio Vargas. O objetivo do movimento era derrubar o presidente e convocar uma Assembléia Geral Constituinte.

O conflito se estendeu por oitenta e quatro dias. No dia 2 de outubro, as tropas paulistas se renderam e o conflito foi oficialmente encerrado no dia 4 de outubro. O saldo oficial de mortos de 934 mortos, embora estimativas oficiais mencionem um número muito superior.

Apesar da derrota dos Paulistas, Getúlio Vargas terminou convocando uma Assembléia Constituinte e promulgando a nova constituição em 1934. O dia de hoje, que marca o início da revolução é feriado estadual em São Paulo.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

111 anos de João Guimarães Rosa

Se estivesse vivo, João Guimarães Rosa completaria hoje 111 (cento e onze) anos. Registro aqui a homenagem deste Blog a um dos maiores nomes da Literatura Brasileira.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Última derrota Napoleônica



No dia 18 de junho de 1815, Napoleão Bonaparte sofreu sua última e definitiva derrota na chamada batalha de Waterloo, sendo derrotado pelo exército aliado de 68 mil homens comandados pelo britânico Arthur Wellesley, Duque de Wellington.

Com a derrota Waterloo chegava ao fim o governo de Cem Dias de Napoleão, que foi deportado para a Ilha de Santa Helena, onde viveu até a sua morte.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Conversas vazadas da Lava-Jato: "Nem tanto ao céu, nem tanto à terra!"

A respeito das recentes conversas vazadas entre o então Juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava-Jato, dois pontos distintos devem ser observados: o teor das conversas e a forma ilegal pela qual essas conversas foram descobertas.

Com relação ao teor das conversas, a questão não é tão simples como tentam fazer parecer nas redes sociais os eleitores mais militantes do Presidente da república. Ora, é de conhecimento básico que em um julgamento cabe ao Ministério público apresentar as provas acusatórias, tentando provar a culpabilidade do réu. Aos advogados de defesa cabe demonstrar que o réu é inocente, refutando as provas da acusação (o ônus da prova cabe sempre a quem acusa). Ao juiz cabe analisar os argumentos da acusação, analisar os argumentos da defesa e com base nisso proferir uma sentença, de forma isenta, imparcial e acima de tudo, justa.

Ocorre que as conversas entre o então juiz e os procuradores, ao que parece e supondo que sejam verdadeiras, tratam do processo em si. Suponhamos que fosse ao contrário. Depois da absolvição de um réu viessem à tona conversas entre o juiz do caso e os advogados de defesa em que os advogados repassassem ao juiz suas preocupações sobre o processo e recebessem dele sugestões e orientações a respeito da maneira como prosseguir. Alguém ousaria dizer que não há nada demais? É de um caso similar que se trata. As conversas são sim, no mínimo estranhas.

Por outro lado, vozes da esquerda já falam em anular o processo, o que seria algo absolutamente inviável (como não sou jurista, minha opinião é mero achismo). Aqui entramos no segundo ponto: a maneira como as conversas vieram à tona. Ao que tudo indica, as conversas foram adquiridas de forma ilegal, o que inviabiliza seu uso do ponto de vista jurídico. Em outras palavras, são nulas por si só e não alteram em nada as decisões tomadas. Para a justiça, e ele está certa, de nada adianta uma prova adquirida por meios ilegais, por mais importante que seja o seu conteúdo.

Assim, nem um lado e nem o outro está plenamente correto em sua fala. Se por um lado o teor do que foi revelado merece atenção e ao que parece, revela algo preocupante a respeito de uma investigação importante como a Lava-Jato, por outro lado, pedir a anulação de um processo com base em algo descoberto por vias ilegais é algo que foge completamente da realidade.

Os efeitos desses vazamentos perante a opinião pública? Só o tempo poderá dizer...